quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma dica.


Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.



Aconselho a todos a lerem a ladra mais intrigante que eu conheci.

A menina que roubava livros de Markus Zusak é um livro maravilhoso ou como diriam onde eu moro é baus de tri.

domingo, 12 de julho de 2009

'Cometa bobagens. Não pense demais porque o pensamento já mudou assim que se pensou. O que acontece normalmente, encaixado, sem arestas, não é lembrado. Ninguém lembra do que foi normal. Lembramos do porre, do fora, do desaforo, dos enganos, das cenas patéticas em que nos declaramos em público.Cometa bobagens. Dispute uma corrida com o silêncio. Não há anjo a salvar os ouvidos, não há semideus a cerrar a boca para que o seu futuro do passado não seja ressentimento.[...]Use roupas com alguma lembrança. Use a memória das roupas mais do que as próprias roupas. Desista da agenda, dos papéis amarelos, de qualquer informação que não seja um bilhete de trem. Procure falar o que não vem à cabeça. Cantarolar uma música ainda sem letra.Deixe varrerem seus pés, case sem namorar, namore sem casar.[...]Almoce sozinha para sentir saudades do que não foi servido em sua vida.Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você.Transforme o sapato em um barco, ponha-o na água com a sua foto dentro. Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo.Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar.Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto.Complique o que é muito simples. Conte uma piada sem rir antes.Não chore para chantagear.Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal.Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade.'