terça-feira, 31 de julho de 2012

Olha, guri, repara o que estás fazendo. Depois que fores, é difícil de voltar. Aceite um pito e continuas remoendo teu sonho moço deste rancho abandonar. Olha, guri, lá no povo é diferente e certamente faltará o que tens aqui. Eu só te peço, não esqueças de tua gente. De vez em quando, manda uma carta, guri. Olha guri pra tua mãe, cabelos brancos e pra esse velho que te fala sem gritar. Pesa teus planos, eu quero que sejas franco. Se acaso fores, pega o zaino pra enfrenar. Olha guri, leva uns cobres de reserva, pega uma erva pra cevar teu chimarrão e leva um charque para ver se tu conservas uma pontinha de amor por este chão. Se vais embora, por favor não te detenhas. Sigas em frente e não olhes para trás. E assim não vais ver a lágrima insistente que molha o rosto do teu velho, meu rapaz.
"— Um café sem açúcar, por favor… — Sem açúcar? Não é ruim? — Ruim é a vida, seu moço. Café sem açúcar, é apenas amargo."

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Vou me fazer forte, eu sei que vou.
Mesmo que o teu melhor não seja ao meu lada...
Que os teus sonhos andem distante dos meus...
Que a vida imponha barreiras, e pessoas que constroem barreiras apareçam...
Posso estar longe de ti, e se a tua felicidade é longe de mim, assim me manterei, pois é isso que quero, a tua felicidade...
É só o que me importa.
Agora eu entendo que ninguém tem culpa, só que tem coisas que não suporto mais, te amo incondicionalmente mesmo sem facilitares.
Lamento a distancia, lamento as lágrimas de saudade dos bons tempos que derramo, porque quando penso que voltará a ser como antes, vem a vida e me joga na cara que não.
Tenho esperanças sim, tenho dúvidas também, mas só o que vejo agora é que não sou tão importante como um dia fui.
Te amo muito.
Saudade, muita saudade.